A gente escolhe
Neste "Dia dos Namorados", nenhuma surpresa. Pencas de casais nas redes sociais celebrando o amor. Se você é desses que avalia o mundo pelo Instagram, então vai achar que o mundo está casado. Bobagem.
Os solteiros, arrisco a dizer, são maioria. O que acontece é que ficam intimidados e botam um pezinho na depressão quando se deparam com tanto "mela-mela". Entendo, mas é pura insegurança. A vida, sendo casado ou não, pode ser fabulosa.
Preferi fazer um post sobre o amor além das selfies. Defendo que é importante se amar primeiro (com toda a complexidade que essa descoberta envolve), antes de se meter num namoro. Aquele blá, blá, blá de autoestima que eu adoro.
Choque: alguns seguidores deram unfollow imediatamente. Suponho que sejam os desprovidos de amor próprio e que gostam de um "relacionamento-tampão" pra disfarçar a solidão e outros demônios. Tá tudo bem, vão com Deus.
Pelo viés feminino, o 12 de junho ganha outra perspectiva. Muitas comentaram o post com entusiasmo, e não foram só as solteiras. Isso me encheu de esperança. Tem gente que pensa.
Aí me lembrei de outras mulheres que ainda pensam miúdo no universo amoroso. Famosas inclusive.
A saudosa Whitney Houston cantava a independência emocional, mas fazia o contrário na vida privada. "It's not right but it's ok" é o hino da mulher que não aceita qualquer um nem qualquer coisa. No casamento com Bobby Brown, no entanto, Whitney apanhava e se afundou nas drogas. I will always love you até perde o sentido.
E não são apenas as mulheres que apostam as fichas em ciladas. Os homens também. É compreensível, porque a cobrança é real.
A enxurrada de selfies de casais é o exemplo mais prosaico (e atual) dessa sociedade que só valoriza quem está acompanhado. E se esquece de que um relacionamento nem sempre é sinônimo de felicidade.
A enxurrada de selfies de casais é o exemplo mais prosaico (e atual) dessa sociedade que só valoriza quem está acompanhado. E se esquece de que um relacionamento nem sempre é sinônimo de felicidade.
Uma seguidora me mandou um direct, dizendo que estava triste até ler o meu post sobre tocar a vida com alegria, com ou sem namorado. Abri um sorriso.
Logo depois, uma colega chegou perto e reclamou dos pombinhos nas redes sociais. O excesso de romantismo a deixou deprimida. E assim segue o mundo: bipolar.
Lá vai clichê: se você não tem namorado, e quer um, relaxa. O amor acontece quando menos se espera, quando a gente está bem, sem "mimimi". De amor a gente precisa. Mas o relacionamento a gente escolhe. Beijos de luz.
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