Obrigado e...

Rebel Heart

"O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que têm medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é eterno".
Henry Van Dyke

Numa época em que vejo todo mundo fazendo de tudo pra ter um relacionamento, eu continuo nadando contra a maré. Não boto fé em namoro como objetivo. Tem que ser consequência de algo maior, tipo o amor desse poeminha aí de cima, beleza? 

Este foi um ano de possibilidades e revelações, através da autoanálise. A mais significativa delas é a de que me tornei habilidoso em manter uma boa relação com as pessoas que, de alguma forma, beijei a alma.

Não falo só de 2014, e sim da vida.

Sabe o amor maduro? Aquele que a gente acha que vai ser pra vida inteira e, de repente, vira outra coisa? Eu já tive. Ainda tenho. Continua sendo amor. Incondicional, aliás. De algum modo, a vida nos arrumou de outro jeito, tão gostoso quanto. Ainda vejo. Ainda beijo no rosto, abraço, sinto o calor do corpo. Ainda noto o brilho no olhar e a beleza de um sentimento que envolve espíritos afins, numa jornada de companheirismo. Obrigado e...conte comigo!

Sabe o amor avassalador? Aquele que ninguém de fora entende? É o amor de altos e baixos, de idas e vindas, de quedas e recomeços, que cresce depois da paixão e, mesmo assim, encaixa e desencaixa. A gente acha que nunca mais vai viver nada igual. Eu já tive. Continua sendo amor. Incondicional também. A vida nos ajeitou. E ainda nos põe em contato. Teve a fase de amor e ódio pós-término. Hoje, sinto paz e me alegro com a alternativa de uma amizade cordial, limpa, madura e respeitosa, coisa de gente grande. Obrigado e...pode beber comigo!


Sabe o amor platônico? Aquele de tirar o fôlego diante da mínima chance de algo acontecer de verdade? Já tive alguns. Ainda tenho um. É o mais insano, porque os sinais podem ser mal interpretados. Alerta vermelho de sofrimento à toa. Amor sem controle e sensacional na fantasia, porém um iminente desastre no campo minado da realidade. Confesso: é um alívio quando não vejo, não passo vontade. O coleguismo e o respeito estão ali, acima de qualquer delírio. Obrigado e...cuidado comigo! 

E o delicinha? Amorzinho a jato, por um trimestre, cheio de dengo, carinho e um monte de bola fora? Tive agora há pouco. É revigorante vislumbrar, mesmo de relance, a chance de algo mais sério depois de um tempo solteiro. Foi sentimento real, às vezes até bate saudade do aconchego. Mas não rolou. Sobrou tesão, faltou química intelectual. Não fecho por menos. Continua sendo delicinha. Deixou um carinho enfeitado por alguém que conseguiu (fogos, please!) quebrar um ou dois blocos da minha muralha de gelo. Obrigado e...see ya!

Não duraram para sempre, mas são para a vida, cada um a seu modo. A gente nunca sabe quando vai aparecer alguém pra ficar forever. Devemos estar preparados, com resiliência, caso não apareça. Hoje, graças a todos os meus amores, maiores ou menores (e nem falei de todos), me vejo muito mais preparado para reconhecer um que seja encorpado e duradouro. O terreno, enfim, parece pronto para germinar a placidez.

Sempre curti um frio na barriga. A novidade. Mas a maturidade começa a pedir algo além da superfície e do mundano. Tive de tudo um pouco. Isso me permite escolher com mais propriedade. Sim, a gente escolhe, até certo ponto. Depois, é com as cordas do coração. 

Sentimento é música, tem que deixar tocar. Meu coração é rebelde, não se enquadra, não se conforma, não é de tribo alguma. Mas, assim como os mais revolucionários, também pode se aquietar. Quando você chegar.

Enquanto não chega, let´s have some fun! E viver por amor! Põe essa coisa linda aqui embaixo no último volume. Porque "Living for Love" já nasceu hit. Fui pra balada. E não dou nem confiança.

Comentários

  1. Oi Rodrigo, tudo bem? Depois de um dia agitado, porque não um bom vinho, um filme interessante, ou mesmo uma viagem nos seus textos? Então decidi passar por aqui. Sinceramente, estou na fase Katy Perry no clipe Roar. Mas falando de amor, concordo com você no trecho: “Sim, a gente escolhe, até certo ponto. Depois, é com as cordas do coração.” Eis o grande problema, essas cordas são traiçoeiras, e as experiências passadas podem ir por água abaixo. Gosto da frase de Augusto Cury: “Procurem um grande amor na vida e cultivem-no. Pois, sem amor, a vida se torna um rio sem nascente, um mar sem ondas, uma história sem aventura! Mas, nunca esqueçam, em primeiro lugar tenham um caso de amor consigo mesmos.” Ro, pule a parte do procurem um amor ok. Na minha opinião um grande amor não se procura, acontece naturalmente. Agora a chave de ouro da frase é: “... o caso de amor consigo mesmos.” Bom, até que eu canse, toca aqui amigo, também ando preferindo nadar contra a maré. Bjim, que Deus sempre te proteja. _Rose

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É, Rose. Acho que você entendeu bem o que escrevi. Concordo com cada vogal sua.

      Sim, amor acontece. E nunca vai ser bom se não tivermos amor próprio. A vida sem amor, de fato, é vazia. Não só o romântico. Me refiro ao amor por tudo, pela vida, pelos amigos, pelos bichos.

      Mas, se tivermos a sorte de encontrar alguém com quem partilhar isso tudo, do jeito mais gostoso, melhor ainda.

      Um beijo. Sempre grato.

      A propósito, curto muito "Roar". E até imagino porque você vem se identificando tanto com a música. A letra é forte, né?

      Acredite, você não precisa fazer força. Todos vão te escutar rugir, na hora certa. E você vai rir de tudo, na maior tranquilidade. Rs.

      Até o próximo texto!

      Excluir
  2. Ameiiiiiiiiiiii o texto, a música!!!!!!que tudo!! Que música mais linda!!nada menos que a melhor!!!! Bjos. Marília

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Né, maninha? Tinha certeza de que ia gostar muito de "Rebel Heart".
      Achei tão a nossa cara, rsrs!

      Feliz tb que tenha gostado do texto. Temos tantas histórias pra contar!

      Tão bom ter uma irmã e amiga pra dividir as dores e as delícias desses tantos amores!

      Bjos.

      Excluir
  3. OIii Rô!!! Texto super bacana, ameiii!!! E inspirado em Rebel Heart!!!! Casamento perfeito : excelente escritor x musica sensacional!!! e sabe o que mais amei no texto, além de dissertativo, escrito com o coração, passa a sensação de “evolução sentimental”, é isso ai meu amado amigo, o ser humano é movido pelo amor...amor de todas as formas e maneiras, sensatas ou insanas, mornas ou inflamáveis, as vezes romance x drama rsrsr, enfim, tudo isso que só é valido ser vivido se tiver amor próprio antes de tudo!!! E é verdade, a musica inspira a todos os tipos de sentimentos de uma pessoa, e RH ... nossa, nem se fala, transmite pura alegriaaa!!! Qdo ouvi pela primeira vez, me senti com 15 anos!!!!( pouco tempo atrás...  kkk )!!! E olha tenho certeza que a pessoa certa vai chegar sim, você é tudo de bom, e merece alguém especial!!!Saudade enorme de vc viu, um big beijoooo!!!

    ResponderExcluir
  4. Elaine, que delícia de comentário! Olha, eu espero que você esteja certa sobre a "evolução sentimental", rsrs. Me sinto, de fato, mais maduro, depois de tanta chapuletada, rsrs.

    Acho tudo muito válido, se tiver amor. E a trilha sonora conta, e muito. No caso da nossa diva Madonna, bota aí a trilha de uma vida inteira.

    Também estou apaixonado por "Rebel Heart", traz tanta coisa boa essa melodia com a letra!

    Sdd enorme de vc tb, sinto falta de vc aqui no blog. E na vida, claro. Bjos

    ResponderExcluir

Postar um comentário