Mais uma do Prima-Dona


Senhoras e senhores!

Enquanto cozinho outro texto nervoso e escalafobético, deixo com vocês mais uma delícia do blog Prima-Dona.

Nesse troca-troca com o Blog do Zivi (opa!), as meninas nos brindam com uma crônica muito bacana - esta escrita pela Ivana - sobre o ator Hugh Jackman, fantasia de mil entre mil mulheres (e alguns homens também).

Às vésperas da estreia do novo "X-Men", nada mais apropriado.

E lá no Prima-Dona, você pode relembrar da minha viagem para Camboriú, em 2011. Sandra e Ivana adoraram e resolveram publicar, para meu deleite e gratidão.

Para ler, clique aqui!

Com vocês, agora, Prima-Dona. Enjoy! Eu adorei.


Meu caso de amor 
com Hugh Jackman

Por Ivana Elvas

Quero começar o dia escrevendo um texto sobre o hábito de dar Bom-dia, em uma atitude de gentileza e educação que está tornando-se cada vez mais rara na rotina das grandes cidades. Mas antes de entrar nessa crônica, peço licença para me desviar e enveredar por outro caminho. Ambos estão ligados, apesar de opostos. De um lado, toda a feiúra de um telefonema mal educado. Do outro lado, ah…Hugh Jackman.

Meus amigos sabem do meu antigo caso de amor com Hugh Jackman. Sim, ele mesmo! O Wolverine de X-Man,  o “Drover” do filme Austrália, e o Jean Valjean de Os Miseráveis. Ele, seu rosto lindo, sua voz linda, e todo aquele talento. E haja talento! Por cinco anos foi eleito pela People Magazine umas das 50 pessoas mais bonitas do mundo.

Se eu fosse desenhista da Disney e tivesse que criar o príncipe encantado de A Bela Adormecida e tantas outras princesas, ele seria a ‘cara’ do Hug Jackman. Além de ser libriano como eu, formou-se em Jornalismo antes de ser ator, ou seja, é também coleguinha de profissão. E como se não bastasse, junto com a esposa, é grande defensor da adoção infantil na Austrália.

Meu caso de amor começou quando morei nas terras australis. Embora ele não tenha a mínima ideia de que eu exista, minha relação é estável, fiel até, eu diria. Preciso deixar claro que gosto muito do povo australiano. E adoro ainda mais ‘este australiano especificamente. Voltei para as terras brasilis, mas meu caso de amor permaneceu intacto. Ao contrário, até cresceu muito quando o vi correr e estar, em segundos, estendendo a mão para ajudar a atriz Jennifer Lawrence quando esta tropeçou e caiu nas escadas da festa de entrega do Oscar de 2013. Eu imaginava que ele era um gentleman. E ele é.

A admiração continuou crescendo quando o ator fez uma declaração de amor à sua esposa, ao ganhar o Globo de Ouro, em 2013, pelo filme Os Miseráveis . Ali, via televisão, para milhões de telespectadores do mundo todo, derramou seu amor e agradecimento pela companheira, a quem creditava seu sucesso e o prêmio. Aiiii!! disseram as cinderelas ao redor do mundo com uníssonos suspiros.

Imagem: http://marvel-movies.wikia.com/wiki/Hugh_Jackman

Meus generosos amigos australianos costumam dar às suas esposas um Celebrity Pass, o que eu acho fantástico. Isso significa que se algum dia a esposa tiver uma chance com seu astro preferido, o marido lhe dá passe-livre. Claro, o sinal verde só vale para aquele único astro (e, particularmente, desconfio que esses maridos não acreditam muito na chance disso vir a acontecer). Mas se eu tivesse que ganhar um Celebrity Pass também, óbvio, seria com ele.

Ontem, batendo papo via Skype com minha amiga e parceira de muitas escritas, Sandra Klinke, ela que foi uma das boas aquisições de amizade que fiz durante o tempo em que vivi na Austrália, não sei como, nossa conversa descambou para o cinema. E falando em cinema e em Austrália, claro, não deu outra: paramos em Hugh Jackman.

Contei a ela que vi recentemente o filme Scoop (2006), uma deliciosa comédia que me surpreendeu. Foi um achado ao acaso, já que nunca havia lido nenhum comentário sobre o filme. Acho que não ficou muito conhecido, mesmo fazendo parte da filmografia de Woody Allen, ou, então, vai ver que é o meu desconhecimento sobre o tema.

De qualquer forma, a comédia me encantou. Foi um filme perfeito para aquelas tardes sem maiores pretensões, em que tudo o que se quer é dar algumas boas risadas e se admirar belos cenários. E não me refiro ao Big Ben. Jackman está deslumbrante no filme. Mais jovem, quase faz a gente se afogar na própria baba na cena em que aparece nadando naquela piscina londrina.

Blá-blá-blá, rola a conversa entre amigas, e o ator permanece o assunto central. Em um explícito ataque de puro bullying, minha amiga me conta de quando foi assisti-lo no teatro, em Sydney ( Meu pai, onde eu estava naquele momento que não fui junto???). Bem, infelizmente não fui, mas o que interessa é que a cena - que não vi, mas imaginei - ficou gravada no meu cérebro.

Durmo e sonho com quem? Ele, em carne e sonho. Antes que me confundam com a personagem de Mia Farrow que se apaixona por um cara da tela de cinema, quero deixar bem claro que nunca sonhei com artista antes. Ao menos não que eu me lembre. Bem, uma vez sonhei com o Saddam Hussein, mas isso não é a mesma coisa, certo?

Essa é a primeira vez que sonho com um artista de cinema. E que primeira vez!! No sonho, estou eu e minha amiga em algum lugar que deveria ser um teatro. O cenário muda e me vejo ‘face to face’ com o ator. Tem uma fila atrás de mim. Suponho que seja para autógrafos.

No sonho falamos em inglês. Chic! Ele, depois que explico que dar dois beijinhos é um hábito no Brasil (e eu ia perder a chance de beijá-lo mesmo que em sonho?) faz um comentário qualquer e pergunta sobre o Brasil (Quem morou fora já fica preparado para ouvir perguntas sobre o Brasil. Sempre! Algumas - quase a maioria - são simpáticas. Outras, um tanto estranhas, como a do cara que me perguntou se o Brasil ficava na África. Fui obrigada a responder que não, mas que ficava beeem próximo – depois rezei dez ‘Pai Nosso’ de penitência).

Jackman, again! Ele me pergunta sobre o Brasil e eu me preparo, toda sorrisos, para engatar uma conversa animada. Mas aí, entra um som estranho… repetitivo… estridente… e acordo percebendo que o meu telefone está irritantemente tocando. Na triste realidade da vida, pulo de Hug Jackman para uma nada educada anônima. E - literalmente - lá se vão os meus sonhos água abaixo.

Bem, amor declarado , quero concluir confessando que, por causa do Hugh Jackman, tenho uma bronca mal resolvida com Deus. É que meu filho, por umas três vezes, cruzou com o ator no calçadão da praia de Bondi, em Sydney. Lá, em atitudes educadas, artista pode andar solto sem ser agarrado por ninguém. Jackman passeando com as crianças, Jackman fazendo caminhada, Jackman ali, dando sopa. E eu, que frequentei Bondi inúmeras vezes, nunca – nunquinha!! – cruzei com ele. Às vezes, não consigo deixar de pensar que Deus não é mesmo um camarada justo.

Comentários

  1. O Hugh Jackman pode ser um gentleman mas não o considero um ator bom. Sim, um papel que faz muito bem é Wolverine, apesar do primeiro filme solo do mutante ter deixado muito a desejar, com uma história nada a ver com a HQ que conta a sua origem. Mas sabemos que um filme desses não pede uma atuação magistral.
    Sim... já deu pra perceber que gosto muito de HQ's e sempre vejo filmes baseado nelas.
    Estou ansioso para o filme que estreará nos próximos dias, tem tudo para ser um bom filme de quadrinhos e como tem o Bryan Singer de volta ao projeto... Essa foi uma ótima HQ.

    Li o seu texto no outro blog mas não consegui comentar lá.
    Se você fosse carioca jamais deixaria as coisas "dando sopa".
    Aqui no Rio, por incrível que pareça, dá até pra ir à praia sozinho. Sabe como fazer para não ter as coisas roubadas? Deixar com algum vendedor com aquelas barracas fixas (alguma que você tenha costume de comprar quando vai com alguma frequência e fica sempre no mesmo lugar) ou onde você alugou a barraca de praia.
    Mas quando vier ao Rio não faça isso, procure ir com um grupo e vá se revezando. Não sei como isso se dá com turistas. rs

    Me diga, qual o problema de blusa xadrez? =P

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    Respostas
    1. Fabrício, sobre o Hugh, prefiro ele em "X-Men", ponto.

      Sobre o meu comportamento na praia (sabe de nada, inocente! Hahaha!), já fiquei esperto. Se bem que, no Guarujá, roubaram meus chinelos que tinha deixado embaixo da cadeira.

      Roupa xadrez, por fim, não me agradava muito na época (2011). De lá pra cá, comprei algumas camisas assim, até porque apresento um programa de Agro aqui em Ribeirão Preto. Xadrez cai bem nesse caso, rsrs.

      Abs!

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