Fuja!
Se você viu "Carrie, a estranha", de Brian De Palma, o clássico de 1976, baseado na obra de Stephen King, vai entender a minha revolta. Fuja, com todas as forças, da refilmagem que entrou em cartaz.
A Carrie de Chloe Moretz - atriz da versão atual - é tosca.
Lembra a autista da novela das nove. Não é estranha o suficiente. Pelo
contrário, é linda. Mas ruim de doer, caricata até dizer chega, longe da Carrie
sensacional que Sissy Spacek trouxe à vida há quase 40 anos.
A diretora do remake é a norte-americana Kimberly Peirce, a
mesma do chocante e premiado "Meninos não choram". Com
"Carrie", Kimberly corre o risco de afundar a carreira.
Há erros de continuidade (cadê o cordão umbilical no final
da primeira sequência? Hello!), todo tipo de clichê teen (incluindo as manjadas
cenas gravadas pelo celular), efeitos especiais cafonas (os piores são os
mostrados em câmera lenta, já cansou isso), sem falar do elenco catastrófico.
Até Julianne Moore, que faz a mãe tresloucada e fanática, está um erro.
As modificações no roteiro, em relação ao primeiro filme, só
pioram a situação. O final ficou, ó, uma droga! Na maior parte das cenas, os
diálogos explicam demais. A coisa toda descamba, a certa altura, para um telefilme
antibullying, maniqueísta e com cara de aluno do ensino médio. O oposto da
classe, da sutileza e do suspense do original.
Detalhe: a refilmagem de "Carrie" já estava pronta
no ano passado, mas a estreia foi adiada quatro vezes. Talvez porque os produtores,
com a bomba na mão, estivessem cientes da péssima qualidade do produto. O
naufrágio nas bilheterias, inclusive nos Estados Unidos, é prova de que nem
mesmo as plateias mais idiotas engoliram a bagunça.
"Carrie, a tosca" pretende ser jovem, moderninho,
mas tropeça feio na incompetência. A produção ignorou algumas regras básicas de
mercado e do próprio cinema. A mais importante é que não se mexe num clássico,
principalmente do terror. Outra tolice foi achar que uma garota com poderes
telecinéticos chamaria tanta atenção em tempos de "X-Men" e Lady
Gaga.
Mil vezes meu box recém-adquirido de "A Hora do
Pesadelo". Saudades do Freddy Krueger! Nos meus sonhos mais loucos, ele
faz o favor de estraçalhar essa nova Carrie com suas poderosas garras de aço.
Ela, sim, um pesadelo do qual todos precisam acordar.
Sigo, adorei seu comentário!!!!!!!!
ResponderExcluirNão vou assistir mais, rsrs
Valeu a informação, bjos:
Marília
Oi, Siga, minha irmã querida!
ResponderExcluirEvite esse mico, rsrs.
Calma que eu tô chegando aí com um filme de terror de verdade e pra gente grande, hehe.
Bjos!
Já disse um amigo meu pelo Facebook...
ResponderExcluirCarrie é igual mãe: só tem uma! Hahaha.
Parabéns pelo texto, companheiro!
Pois é, Adécio. Desde que a mãe não tenha nada a ver com a da Carrie. Melhor ser órfão, rsrs.
ResponderExcluirUm abraço!