Teoria da Conspiração

Bomba: MJ não morreu

A verdade sobre a morte de Michael Jackson ninguém nunca vai saber. Acho. Faz parte da graça. A morte do Rei do Pop está cercada de tantos mistérios quanto a sua própria vida. O que o matou? Por que tão de repente? Por que choramos o fim trágico de alguém que, há muito tempo, não lembrava em nada o gênio que um dia fez o mundo dançar?
Ficamos tristes porque o planeta, em última instância, perdeu seu palhaço-mor, de quem todos adoravam tirar um sarro, só pra lembrar que sempre existe alguém mais patético. Michael Jackson deixou de ser um grande artista para se transformar em um consolo.
A tragédia passa por algumas constrangedoras ironias. Uma delas é a de que o maior cantor pop de todos os tempos, ainda que em baixa, encontrou na morte o trampolim perfeito para as paradas de sucesso. Na semana em que bateu as botas, Michael Jackson teve praticamente todos os seus discos de volta às listas dos mais vendidos. “Thriller”, o campeão, com mais de 50 milhões de cópias comercializadas desde o lançamento, em 83, deu outra arrancada, só pra garantir que o trono é dele e ninguém tasca. O Rei do Pop precisou morrer para voltar à vida como artista e fazer a alegria das gravadoras. Jogada de mestre. Afinal, a mágica do “moonwalk”, com o passar dos anos, cedeu lugar ao circo. No picadeiro, não brilhavam mais as contagiantes coreografias, e sim as cirurgias plásticas, de braços dados com as suspeitas de pedofilia.
A morte do cantor também foi um marco na internet. Uma pesquisa com internautas de vários países mostrou que o dia em que Michael Jackson esticou as canelas foi considerado o mais triste, em contraponto ao da eleição de Obama, nos Estados Unidos, o mais feliz. Mesmo assim, em inúmeros sites, sobram piadas sobre o que teria matado Michael Jackson. Cá entre nós: por mais que o admiremos, o sarro é irresistível. Com todo o respeito, é claro.
Teoria da conspiração
Para muitos, é inaceitável a idéia de que Michael Jackson esteja gozando agora do sono dos justos. Por isso, uma teoria da conspiração não demorou a aparecer: a de que Michael Jackson não morreu de fato. Tudo o que vimos, segundo os maquiavélicos de plantão, foi mais uma amostra de uma estratégia engenhosa, com o objetivo de marcar com ferro em brasa o nome do astro na história da música.
Faz sentido. O pai de Michael Jackson diz não saber onde o corpo foi enterrado. Um corpo que, aliás, jamais foi visto, exceto pelo momento em que foi colocado dentro de uma ambulância, após as supostas tentativas de reanimação. O caixão ficou lacrado durante o velório, aquele transmitido pela TV, com a participação de artistas e familiares do cantor. E onde estão os aguardadíssimos vídeos e fotos da autópsia, pipocando em e-mails e sites dedicados ao bizarro?
Tem mais: o astro estava endividado e continuava hesitante sobre a turnê que estava prestes a começar na Inglaterra. Frágil como uma pena, ele agüentaria a maratona de 50 shows? Suportaria o ridículo nas páginas dos jornais, caso as apresentações fossem um fiasco?
Michael Jackson, então, teria resolvido “morrer” para colocar um ponto final em suas aflições. Os filhos, de qualquer forma, ficarão bem sem ele, sem as excentricidades que poderiam transformá-los em adultos problemáticos. As dívidas, avaliadas em 500 milhões de dólares, não seriam mais problema. Afinal, defunto não paga conta. A imprensa não vai mais persegui-lo, ridicularizá-lo, fazê-lo de bobo a cada estranha aparição. Morto, Michael Jackson pode ser esquisito em paz. E, à sua bizarra maneira, continuar em alta. A sua ausência, produto de uma saída estratégica pelos fundos, só fortalece a sensação de que alguém fora do comum, seja lá o que isso signifique, nos abandonou antes da hora. Melhor ainda: o risco de alguém acusá-lo de pedofilia e tentar tirar dele mais alguns milhões foi reduzido a zero.
O show não pode parar
A teoria é apavorante, mas coerente. Qual seria o número de encerramento mais espetacular para alguém que só conheceu a vida superlativa, desde os seis anos de idade, sobre os palcos, aplaudido por milhões, considerado um Deus pelos mais fanáticos? A morte. Em grande estilo. Trágica. Triste. Chocante o suficiente para tirar o artista dos longos anos de ostracismo e turbinar seu nome até nas rodinhas de pagode. Se havia alguma dúvida sobre o caráter mítico de Michael Jackson, sua morte, verdadeira ou falsa, serviu à sua consagração irremediável.
O fim, para Michael Jackson, é um recomeço. Estaria vivo? A hipótese não é assim tão absurda. Os envolvidos no provável engodo jamais abririam a boca. Devem ter sido muito bem pagos em troca do silêncio. Só assim, em silêncio, o Rei do Pop vai conseguir descansar tranqüilo, em seu castelo, construído em algum lugar fora do alcance dos simples mortais. Elvis não morreu. Michael também não. A gente não deixa. E nem eles querem. O show deve continuar.

Comentários

  1. Completamente possível! Com a vida que ele teve e tudo o que fez, um retorno pode ser no mínimo esperável. Senti um ânimo em ler sobre o pai que diz não saber onde está o corpo e a única imagem do Rei do Pop vestindo o pijama de madeira (acho que só faltou esse termo pra você dizer que ele morreu hehe) ser ele entrando em uma ambulância.
    Imagine. Vende Michael! Vende Jackson! E tempos depois, em um show com casa lotada, “Um Tributo ao Rei do Pop”, e o palco gigantesco acende o “THIS IS IT”, e Michael surge no maior estilo “Thriller”! O único verdadeiro morto-vivo de todos os tempos!!!
    Se não for assim, e ele morreu mesmo naquela ambulância com uma “meia foto de rosto em uma maca”, com certeza o nosso astro megalomaníaco morreu muito modesto.

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